As mulheres lutam há muito tempo para terem papel de destaque e serem respeitadas na sociedade, e no último século nós conseguimos um salto de melhorias. No entanto, ainda é preciso mudar e muito a cultura que enxerga a mulher como uma reprodutora e incapaz de fazer escolhas próprias.
O Brasil já melhorou muito, mas não chega nem perto do ideal. As mulheres ainda ganham em média 30% a menos que os homens, são assediadas nas ruas, as taxas de estupro são elevadas, a violência doméstica assusta (e a facilidade com que vizinhos e parentes convivem com esses casos), há poucas creches para que as mães possam deixar seus filhos assistidos enquanto trabalham fora, e por aí vai a lista.
Também temos pontos positivos que nos diferenciam de muitos países: somos livres para votar, livres para exercer cargos públicos, existe licença maternidade, a amamentação é bem aceita e é inclusive referência para outros países do mundo.
O que não podemos é achar que o dia internacional da mulher é um dia para ganhar flores e mensagens divertidas com mulheres vestindo rosa e usando salto alto (mais um dos vários estereótipos), esse dia representa a luta de muitas antes de nós e as batalhas que ainda estão sendo travadas: devemos agradecer às mulheres que lutaram por condições mais justas de salários, as que queimaram seus sutiãs nas ruas, às muitas meninas como Malala que enfrentam regimes radicais para ter acesso à educação, às meninas que não aceitam assedio no transporte coletivo, às mães que trabalham e sustentam a casa e ainda arrumam tempo para estudar.
A equipe da Fibracem atualmente conta com 100 colaboradores, sendo 30 mulheres e duas delas fazendo parte da diretoria da empresa.