O Brasil é líder entre os países com maior incidência de relâmpagos no mundo, são cerca de 100 milhões ao ano. Logo, sabemos que muitas dessas descargas elétricas causam blackouts de energia e quedas nas transmissões de telefonia e internet.
Isso ocorre porque na transmissão de energia elétrica os condutores são aéreos, fazendo com que as descargas elétricas ocorram em postes e torres de transmissão.
Como evitar descargas elétricas nas redes ópticas
Grande parte da rede de telecomunicações utiliza cabos de cobre em seus anéis e cordoalhas metálicas para dar sustentação aos cabos entre os postes, fazendo-se necessário o aterramento da cordoalha para reduzir os ocorrências de descargas, demandando um tempo maior do instalador.
Com a utilização de cordoalhas dielétrica, ou seja, que não conduzem eletricidade dispensa-se o aterramento e a utilização de ferramentas especiais para corte. Disponíveis em duas configurações (FA e FRP) a cordoalha dielétrica é mais leve que a cordoalha metálica e sua instalação é mais fácil e rápida.
Cabo Óptico Autossustentado é uma outra opção. Este, não possui itens metálicos para sustentação da tração tornando-o totalmente isolado eletricamente evitando a ocorrência de descargas elétricas nas redes e reduzindo o custo de instalação ao dispensar o uso de cordoalha e aterramento. Leia também o artigo que fala sobre os Cabos Autossustentado.
Com cordoalha e cabos ópticos dielétricos, além de mais estabilidade e capacidade de tráfego para as transmissões, ainda há a vantagem de propiciar mais segurança para o técnico, reduzindo o risco de tocar em materiais energizados durante a manutenção ou expansão das redes. Além do fator econômico, pois possui menor custo e não é necessário fazer o aterramento da rede, procedimento obrigatório quando são utilizadas cordoalhas metálicas.
Em Santa Catarina, por exemplo, é obrigatório por lei a utilização de cordoalhas dielétricas, e essa é a tendência para os demais estados.