
O Metaverso vem se tornando uma tendência tecnológica cada vez mais presente e seu impacto no setor de data center é enorme. Estima–se que até 2026, um quarto da população e um terço das organizações estejam ativos nesse ambiente virtual. Isso reflete em um aumento substancial do volume de dados armazenados e transferidos, o que vai impulsionar o setor de data center. Adriano Fraga, Superviser de Vendas Corporativas da Fibracem, afirma que isso acarreta em grandes oportunidades para o mercado.
“Esse é um forte indício do quão o consumo de dados aumentará. E por conta disso, acredito que deve haver, sim, um aumento de investimentos, principalmente por parte das empresas, não só na melhoria dos equipamentos de conectividade e armazenamento em si, mas também em ampliações da infraestrutura de data centers, por exemplo, para suportar toda essa demanda expressiva do volume de dados que serão trabalhados a partir do metaverso”
Afirma Adriano Fraga
De acordo com o supervisor da Fibracem, apesar da intensa discussão sobre o espaço virtual, ainda é desafiador avaliar todos os aspectos do metaverso e, em consequência, estimar o crescimento na demanda por dados.
“De qualquer forma, o que se sabe é que haverá, sim, um aumento. E mesmo que seja complexa a mensuração do aumento no volume de dados, justamente por se tratar de um terreno a ser explorado, é fundamental que as empresas coloquem em seu planejamento uma revisão na infraestrutura de data center para sustentar esta nova realidade”, diz.
Expectativas com o metaverso
O Metaverso é um universo virtual que permite a seus usuários estabelecerem conexões e interações de diversas maneiras, ligando realidade virtual, realidade aumentada, a Internet e outros usuários e empresas. Para Fraga, um dos principais motivos de interesse nesse universo é a possibilidade de otimizar processos, poupando tempo e oferecendo uma experiência interativa com um alto nível de realidade, como nunca antes visto.
Estudos prevêem que no ano de 2030, a economia do Metaverso pode chegar a US$13 trilhões, segundo o Banco de Investimentos Citi, o que reforça a tendência de se estabelecer como um ambiente de negócios.
Ainda, de acordo com Fraga, algumas empresas já começam a transformar a realidade física em realidade virtual, recorrendo à tecnologia para realizar treinamentos, aulas, demonstrações de produtos e outros serviços. Por exemplo, algumas construtoras e incorporadoras oferecem a experiência de um tour virtual nos seus apartamentos decorados, através de um painel interativo no stand de vendas ou de uma aplicação web, permitindo que os possíveis clientes possam conhecer o imóvel sem sair de casa.
“Um exemplo disso são algumas construtoras e incorporadoras que ao invés de construir os tradicionais apartamentos decorados, oferecem essa experiência no formato digital, através de um painel interativo no stand de vendas, ou através de uma aplicação via web. Ou seja, um possível cliente poderá ter a experiência de um tour guiado em uma unidade decorada, mas sem sair de casa, literalmente”.
Finaliza Fraga