Anatel pede colaboração de pequenos provedores com dados para universalizar banda larga

Anatel pede colaboração de pequenos provedores

Há milhares de pequenos provedores de Internet espalhados pelo Brasil. São eles que estão contribuindo em grande medida para a interiorização da banda larga no País. É para acelerar esse processo e universalizar o acesso à Internet que a Anatel elaborou o PERT (Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações) e redigiu um anteprojeto de lei, encaminhado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), para viabilizar o uso dos recursos do Fust para levar banda larga fixa e móvel para o interior do Brasil. O problema é que a agência tem uma carência de dados atualizados sobre a atuação desses pequenos provedores. Faltam informações precisas sobre a localização das redes e sobre a quantidade de usuários. Esses dados são essenciais para a construção de projetos adequados de universalização. Esta foi uma das mensagens levadas pelo gerente de universalização da agência, Eduardo Jacomassi, a uma plateia composta por provedores de pequeno porte no seminário da associação NeoTV.

Parte da culpa para a baixa visibilidade de dados se deve à regulamentação antiga da Anatel para os chamados prestadores de pequeno porte (PPPs). Eram definidos como tais aqueles com até 50 mil assinantes. Acima desse limite, as empresas passavam a ter que atender a uma série de obrigações regulatórias similares àquelas de grandes operadoras, o que inviabilizaria seus negócios. Como resultado da regra que estava em vigor, muitos provedores paravam de informar a Anatel sobre sua base de assinantes quando atingiam a marca de 49 mil. 

Porém, com o novo Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), o conceito de PPP foi redefinido: agora é considerada de pequeno porte a empresa com até 5% de market share na sua região. Isso ampliou sensivelmente o limite de assinantes em números absolutos. Jacomassi acredita que agora os provedores de pequeno porte vão colaborar melhor com a entrega de informações para a agência. Quanto mais visibilidade a Anatel tiver, melhor será a alocação de recursos para a universalização, diminuindo o risco de se fomentar a construção de redes onde não houver necessidade.

De acordo com o levantamento da Anatel, 36% dos municípios brasileiros não são atendidos por fibra óptica. Eles representam cerca de 10% da população nacional, aproximadamente 20 milhões de pessoas. E entre os 64% que contam com fibra, muitos são mal atendidos, com baixa capacidade e pequena capilaridade.

FONTE: Mobile Time