Avanço nas telecomunicações por fibra na Região Norte

A região Norte ainda sofre com a baixa infraestrutura de telecomunicações, abrigando os 3 estados com pior avaliação da qualidade de internet banda larga fixa (Rondônia, Roraima e Acre). Um dos fatores gradores desse déficit é a grande área e a baixa densidade demográfica*, o que não atrai as grandes operadoras. Mas esse atraso na conectividade da região está mudando graças a uma inciativa federal, dos estados e da possibilidade de participação dos provedores regionais.

Um grande projeto, o Amazônia Conectada, utiliza cabos subfluviais para construção dos backbones. O projeto, já em curso, prevê mais de 9.000 km de cabos óticos passando pelos rios Negro, Solimões, Madeira, Purus e Juruá, interligando 52 municípios até 2017. Irá atingir 3,8 milhões de habitantes da região com um investimento de R$1 bilhão.

Além do projeto Amazônia Conectado, o estado do Pará está aumentando sua rede por meio de parcerias e convênios entre entidades públicas e privadas, o projeto atual prevê um cabo subfluvial para levar internet banda larga para a ilha de Marajó.

É importante ver como esses estados estão lançando mão de parcerias nesse período em que as verbas estão escassas para manter a evolução das telecomunicações. Lembrando que as comunicações são estratégicas para um país, além de ser ferramenta essencial para o desenvolvimento econômico e social.

Mais detalhes sobre os órgãos envolvidos e formas de participar dos projetos podem ser encontrados aqui e aqui.  A Fibracem apoiou O Encontro Provedores Regionais Norte, realizado pela Bit Social em Santarém no dia 13 de maio de 2016.

*para que os usuários tenham acesso aos serviços de telecomunicações por fibra, é necessário que além do cabo, sejam utilizados equipamentos capazes de transformar os pulsos em informação (e vice-versa) e equipamentos passivos para a derivação, divisão e distribuição das fibras. Tudo isso tem um custo que se eleva quando a área é grande, mas que pode ser diluído se houver vários assinantes contratando os serviços. Nos grandes centros urbanos, como na região Sudeste, as operadoras obtêm maior lucratividade. Por isso a dificuldade de conectar áreas mais distantes. Para isso ocorrer é importante a participação do estado, os leiloes que combinam grandes centros com estados de menor população e a presença e interesse dos provedores regionais.